Senhor, fazei de mim um instrumento de tua Paz

O Semeador de Fevereiro

EDITORIAL
QUARESMA: TEMPO DE REFLEXÃO E MUDANÇA
“Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc, 1, 15)
 “Tempo da Quaresma – sempre é único e especial esse momento da liturgia. Necessitamos de um espaço para olhar a nossa vida e buscar acolher a graça de Deus que nos convida a sermos novos. A oração, penitência, jejum, esmola, lectio divina, confissão sacramental, reflexões, confissões fazem parte desse tempo, juntamente com uma sobriedade na liturgia (sem o hino do Glória, a aclamação do Aleluia, as flores e sem solenizar demais as celebrações), procurando concentrar naquilo que é essencial em nossas vidas.
                  Todos nós necessitamos de um tempo de reflexão e mudança. Durante o ano tantas situações vão se sucedendo e colocando-nos muitas vezes fora do caminho do Senhor. Os 40 dias que tornam presentes os dias de Jesus no deserto, e também os anos do povo de Deus na caminhada do Êxodo, saindo das escravidões para a vida nova, passando pelo Mar Vermelho e celebrando a aliança com Deus, nos recordam que é tempo de renovar nossa vida batismal e nossa aliança com o Senhor. Para isso há este tempo de contrição que deve conduzir-nos a uma nova vida.
Ao recebermos a imposição das cinzas, no início da quaresma, somos convidados a viver o Evangelho, viver da Boa Nova.


A Boa Nova que recebemos é Jesus Cristo. Ele abriu um novo horizonte para todas as pessoas que nele creem.


Crer no Evangelho é crer em Jesus Cristo que na doação amorosa da cruz deu-nos vida nova e concedeu-nos a graça de sermos filhos do Pai. Com sua morte transformou todas as realidades, criando um novo céu e uma nova terra.


A quaresma é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado. Caminho, porque processo existencial, mudança de vida, transformação da pessoa que recebeu a graça de ser discípulo-missionário. A oração, o jejum e a esmola indicam o processo de abertura necessária para sermos tocados pela grandeza da vida nova que nasce da cruz e da ressurreição.


Assim, atingidos por Ele e transformados n’Ele, percebemos que todas as realidades devem ser transformadas, para que todas as pessoas possam ter a vida plena do Reino.


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Campanha da Fraternidade, desde o ano de 1964, como itinerário evangelizador para viver intensamente o tempo da quaresma.


A Igreja propõe como tema da Campanha deste ano: “A fraternidade e a Saúde Pública”, e com o lema: Que a saúde se difunda sobre a terra (cf. Eclo 38,8). Deseja assim, sensibilizar a todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e dignidade. É uma realidade que clama por ações transformadoras. A conversão pede que as estruturas de morte sejam transformadas.
A Igreja, nessa quaresma, à luz da Palavra de Deus, deseja iluminar a dura realidade da Saúde Pública e levar os discípulos-missionários a serem consolo na doença, na dor, no sofrimento e na morte. E, ao mesmo tempo, exigir que os pobres tenham um atendimento digno em relação à saúde. Que ela se difunda sobre a terra, pois a salvação já nos foi alcançada pelo Crucificado.
À nossas Comunidades, grupos e famílias, uma abençoada caminhada quaresmal e celebremos a Jesus Cristo que fez novas todas as coisas.

Pe.José Maria da Cunha,Pároco

PEDAÇOS DE NOSSA HISTÓRIA
1996: 10 ANOS DA PRESENEÇA ORIONITA
                No dia 04 de janeiro de 1996, Pe.José Vicente deixa definitivamente a Paróquia e segue para Ananideua-PA.Agora a responsabilidade é do Pe.Luiz Eustáquio Nogueira Reis. O Pe.Sérgio Santos é o diretor da comunidade e o CL.Ronaldo Cardoso de Oliveira faz o primeiro ano de tirocínio.
                Em depoimento sobre sua atividade em Itapipoca, Pe.José Vicente fez questão de registrar : “Para mim, foi uma experiência nova enfrentando alguns desafios, contudo aprendi a conviver em realidades diferentes, cresci na minha vida espiritual, religiosa e sacerdotal.se algo de bom aconteceu seja para a glória de Deus e se alguma coisa não foi melhor, a causam foram as minhas limitações, porém nunca me faltou coragem de lutar, de vencer com ajuda de Deus e nosso fundador, Dom Luiz Orione.”
                Os noviços José Augusto Agostinho e Antonio Everardo Viana Farias fazem os primeiros votos em Brasília, no dia 12 de janeiro.
                O Seminário conta com 5 seminaristas.





NOTICIAS
PRIMEIRA PROFISSÃO E ENTRADA DOS NOVIÇOS NA PROVÍNCIA NORTE
No dia 12 de janeiro de 2012, na Sede Provincial em Brasília, três noviços emitiram a primeira profissão religiosa na Pequena Obra da Divina Providência. Receberam os primeiros votos os neo-religiosos Anderson(  realizou o postulantado em Itapipoca no ano de 2010), Carlos e Paulo. A solene celebração foi presidida pelo provincial, Pe. Tarcisio Vieira e concelebrada por vários sacerdotes.
Na liturgia da tarde deram inicio ao noviciado os postulantes André e Paulo (Belo Horizonte), Cleiton e Weliton (Rio Bananal) e Ivaldo (Ananindeua). A entrada dos postulantes aconteceu nas vésperas solenes, presidida pelo Provincial e com a presença de alguns religiosos. O provincial e o Mestre de noviços acolheram a todos com muito carinho e disposição. 
Fonte:WWW.orionitas.com.br
LEIGAS CONSAGRADAS ORIONITAS SE REÚNEM EM BELO HORIZONTE
                 Aconteceu em Belo Horizonte- MG, o encontro regional do Instituto Secular Orionita- ISO. Foram momentos marcantes que fizeram as participantes experimentarem o sentido de ser família secular no carisma de Dom Orione. Esse encontro se desenvolveu nos dias 19 a 22 de janeiro e participaram 25 consagradas dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pará, São Paulo e a responsável geral Anna Rita (Itália).
                A abertura do encontro foi com a Santa Missa, na quinta- feira, presidida pelo Pe. Geraldo Dias. No dia seguinte, Ir. Darli (Serva Reparadora) deu seu testemunho de vida consagrada e trabalhou esse tema por toda a manhã. Na parte da tarde, Pe. Tarcísio entrou no tema da consagração de Dom Orione e colocou as irmãs seculares em um clima de oração e silêncio. Como esse dia foi dedicado à penitência, elas fizeram a Via Sacra orionita e rezaram pelas vocações.
                No sábado, Pe. Tadeu fez sua palestra e falou sobre a oração. Na parte da Tarde as consagradas se encontraram com a responsável geral e regional para um momento de exortação. Nesse dia, elas participaram da Eucaristia na Matriz, N. Sra. Da Divina Providência, com o povo de Deus ali presente. À noite tiveram a noite cultural que foi um momento de descontração, lazer e bem estar.
                No domingo, no Lar dos Meninos Dom Orione, Pe. Magno refletiu sobre a figura de Maria na vida dos consagrados e consagradas de Deus. Após o almoço foi presidida pela Padre Provincial a Missa de encerramento e a renovação dos votos de 6 consagradas, que por mais 1 ano dedicarão sua vida ao Salvador sem medidas.
Fonte: WWW.orionitas.com.br

 QUE A SÁUDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA

 
Desde 1964, cada ano, durante a Quaresma, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil apresenta a Campanha da Fraternidade. Durante esses 48 anos podemos dividir as CFs em três fases. Na primeira fase (1964 – 1972) houve uma busca da renovação interna da Igreja. Na segunda fase (1973 – 1984) a Igreja Católica preocupou-se com a realidade social do povo, denunciando o pecado social e promovendo a justiça. Na terceira fase (1985 – 2012) a Igreja voltou-se para situações existenciais do povo brasileiro. Normalmente não sabemos os nomes dos autores das Campanhas da Fraternidade, mas devido a importância do tema para 2012 o Texto-base apresenta os onze nomes dos componentes do Grupo de Trabalho que elaborou a CF de 2012. Cada Campanha da Fraternidade tem um Tema e um Lema. A Campanha para o ano 2012 tem como Tema: “A Fraternidade e a Saúde Pública” e como Lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8)
O Objetivo Geral da Campanha da Fraternidade de 2012 é: “Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção dos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde” (p. 12 do Texto-Base). Além do objetivo geral a Campanha da Fraternidade para 2012 apresenta seis objetivos específicos. Estes são: “a) Disseminar o conceito de bem vier e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável; b) Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o suprimento de suas necessidades e a integração na comunidade; c) Alertar para a importância da organização da pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe; d) Difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os aspectos sócio-culturais de nossa sociedade; e) despertar nas comunidades a discussão sobre a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e a reivindicação do seu justo financiamento; e f) Qualificar a comunidade para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com transparência, especialmente na saúde” (cf. p. 12 do Texto-Base da CF).
O texto base é dividido em três partes e uma conclusão olhando para o futuro. A primeira parte é titulada “Fraternidade e a Saúde Pública” e oferece um panorama atual da Saúde no Brasil. A primeira parte do Texto-Base afirma que os temas da saúde e da doença exigem uma abordagem ampla e sugere a proposta apresentada pelo “Guia para a Pastoral da Saúde”, elaborada pela Conferência Episcopal Latino-Americano (CELAM). O GPS depois de dizer que a saúde é afirmação da vida e um direito fundamental que os Estados são obrigados a garantir, o referido documento define saúde assim: “Saúde é um processo harmonioso de bem-estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre” (cf. p.15 do Texto-Base e Guia para a Pastoral da Saúde na América Latina e no Caribe, CELAM, Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2010, ns 6-7). A primeira parte do Texto-Base também nos brinde com algumas tabelas e quadros interessantes mostrando: o melhoramento da taxa de mortalidade infantil nos últimos anos, o crescimento da população idosa, percentual de partos cesáreos, dados sobre obesidade, hipertensão arterial que atinge 44.7 milhões de pessoas, estimativas para várias formas de câncer e a evolução da freqüência de consumo abusivo de bebida alcoólico etc. (cf. Texto-Base: ps. 21, 23, 24, 31, 33, 35 e 43).
A segunda parte é titulada “Que a Saúde se Difunda Sobre a Terra”. Aborda doença no Antigo e Novo Testamento. Aborda Jesus curando os doentes. Diz o Evangelho: “Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando a Boa Nova do Reino e curando toda espécie de doença e enfermidade do povo” (cf. Mt 4, 23). O Texto apresenta a parábola do bom samaritano como paradigma de cuidado. Trata também do “ horizonte humano e teológico do sofrimento” e os enfermos no seio da Igreja. Há também uma referência a Unção dos Enfermos, o sacramento da cura.
A terceira parte ofereça “Indicações para a Ação Transformadora no Mundo da Saúde”. Analisa a atual Pastoral da Saúde da Igreja e o papel dos agentes da mesma. Uma área importante encontrada na terceira parte do texto aborda a dignidade de viver e morrer. Trata com clareza de problemas como: eutanásia, distanásia e ortotanásia. Cite o Código de Ética Médica de 17 de setembro de 2009 e o pronunciamento do Santo Padre Bento XVl sobre estes assuntos. Além das propostas de ação da Igreja Católica na área de saúde, esta parte ofereça também “Propostas Gerais para SUS”.
A Conclusão mostra como, ao longo dos últimos anos, houve mudança no conceito de saúde: de ‘caridade’ para ‘direito’, e lamenta que esse direito está sendo “transformado em negócio” num mercado sem coração. Afirma também que no âmbito da saúde, faz-se necessário aprofundar e colocar em prática a chamada “bioética dos 4 Ps”: Promoção da saúde, Prevenção de doenças; Proteção das vulneráveis presas fáceis de manipulação e Precaução frente ao desenvolvimento biotecnológico. O texto base termina com três anexos importantes: (i) A relevante trecho da Constituição Federal: a saúde como direito de todos e dever do Estado; (ii) O Serviço de preparação e animação da Campanha da Fraternidade; e (iii) O Gesto Concreto de fraternidade, partilha e solidariedade feito em âmbito nacional. O Texto-Base termina com uma rica bibliografia.
PAPA CONVIDA TODOS OS CATÓLICOS PARA O ANO DA FÉ
No dia 11 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI, preocupado com a identidade de nossa fé, brindou-nos com uma Carta Apostólica, em forma de Motu Próprio, chamada de “Porta Fidei”, que significa “A Porta da Fé”. Com isto, o Santo Padre está anunciando, em todo o mundo, o “Ano da Fé”.
A data, por ele indicada, começa em 11 de outubro de 2012 e termina em 24 de novembro de 2013. O início coincide com a abertura do Concílio Vaticano II, cinquenta anos passados. A de encerramento comemora os vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, promulgado pelo Papa e Beato João Paulo II.
A fonte de nossa fé é Jesus Cristo e sua Palavra. A Bíblia perpassa todo o itinerário de fé dos cristãos. Mas na caminhada, somos fortalecidos e orientados pelos documentos de autoridade da Igreja. Entre eles podemos destacar a riqueza contida no Concílio Vaticano II e no Catecismo da Igreja Católica.
Com a Carta Apostólica Porta Fidei, a Igreja toda é convocada para uma retomada de caminho. O anúncio da Palavra deve abrir os corações das pessoas para a ação da graça de Deus e a presença transformadora da Trindade Santa, recebida no dia do batismo e revigorada através do outros sacramentos.
O papa retoma o tema da alegria acontecida no encontro pessoal com Jesus Cristo. Na prática, esse encontro supõe um redescobrir o caminho da fé para renovar o entusiasmo e compromisso com as exigências do Evangelho. Entendemos que o mundo vem sendo envolvido por uma profunda crise de fé.
Não podemos confundir a fé em si mesma, que tem como fundamento a Palavra inspirada e a salvação contida na Ressurreição de Cristo, com as consequências e práticas dela mesma. A fé em si é balizada e firmada na ação concreta da sadia doutrina da Igreja.
É importante lançar mão dos ensinamentos contidos nos dezesseis documentos do Concílio Vaticano II e no Catecismo da Igreja Católica. Mas ter cuidado com o apego exagerado na letra e ao seu espírito. A fé vai além de tudo isto, focada na vida mesma de Cristo.
Jesus é o poço de onde emana, com muita profundidade, a água da vida (Jo 4, 14). Não existe verdadeira fé sem uma identificação e paixão por Ele. Crer em Cristo é o caminho da salvação. Ele é o alimento que perdura e dá a vida eterna (Jo 6, 28).
O Ano da Fé será convocação para uma evangelização de forma nova, tendo um olhar direcionador, como uma bússola, focado no ensinamento oficial da Igreja. Para isto, o papa dá destaque aos documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica como um valor em si mesmos.
A fé é um dom, mas também tem que ser procurada e seguida (II Tm 2, 22). Com ela conseguimos perceber e ver as maravilhas que Deus realiza em nós. Assim podemos ser sinais vivos da presença de Cristo no mundo. Em tudo isto está a motivação para a celebração do Ano da Fé.
Fonte: CNBB
ABERTO O CONCURSO PARA ESCOLHA DO CARTAZ DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2013
A Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, juntamente com a Secretaria Executiva da Campanha da Fraternidade está lançando o Concurso Nacional para o Cartaz da Campanha da Fraternidade de 2013, que terá como tema “Fraternidade e Juventude”, e lema: “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).
Segundo o secretário executivo para a Campanha para a Fraternidade da CNBB, padre Luiz Carlos Dias, e a assessora da Comissão para a Comunicação, irmã Élide Maria Fogolari, a Campanha tem como objetivo refletir a realidade das juventudes no contexto atual “marcado pela tecnologia e a cultura midiática”, mas também por “desigualdades e situações de violência, para compreender seu impacto na vida dos jovens à luz do evangelho, acolhendo-os como sujeitos e, com eles, construir relações e estruturas que promovam a Vida”.
No cartaz deverá conter, além da figura criada, os seguintes textos: “Campanha da Fraternidade 2013”; “Fraternidade e Juventude” e “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8).
O material deverá ser enviando para a Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social, na sede da CNBB, em Brasília (SE/SUL, Quadra 801, Conjunto B / CEP 70200-014), até o dia 10/05/2012. Um júri irá escolher o melhor cartaz que será distribuído para todo o país.
Fonte:CNBB

ESPAÇO DO DIZIMO
NOS PASSOS DE FRANCISCO


750º ANIVERSÁRIO DA MORTE DE SANTA CLARA
Conhecendo Clara de Assis

                A Podemos dizer que sem Clara a experiência de Francisco é incompleta; ela é um testemunho excepcional da herança do ideal evangélico que nasce em Assis e incendeia o mundo há 800 anos. Ela é a versão feminina do ideal franciscano.
                Clara e Francisco são arquétipos humanos e protótipos da encarnação do evangelho; uma rigorosa mudança pessoal, uma cordial vivência fraterna, uma conversão de ternura e cuidado, um verdadeiro encontro entre espírito e afeto.
                Em Clara, Francisco encontra o seu coração de mãe; em Francisco, Clara encontra o seu coração de irmã.
                O conhecimento do espírito e dos projetos do Movimento de Assis permaneceria incompleto sem Clara, ela que seguiu de perto a nova vida e as práticas do início da nossa forma de viver. "Clara assimilou profundamente o espírito de Francisco, conservando em si o estado mais puro deste espírito. O seu testemunho é digno da mais alta consideração" (K. Esser).
                Até os inícios do século XX pode-se dizer que a vida de Clara era conhecida somente através de biografias cheias de devoção, baseadas sobre a sua Legenda, ora atribuída a São Boaventura ora a Tomás de Celano. Mas vamos elencar alguns momentos que alavancaram o conhecimento da nossa Mãe fundadora.





ENTREVISTA
            Após sete anos vivendo  e atuando como missionária aqui no Nordeste,dos quais, dois  anos em Pernambuco e cinco no Ceará,Irmã Lori se despede do Semiárido nordestino para retornar a sua terra natal, o Rio Grande do Sul.
            A Paróquia São Francisco teve a felicidade de contar por três anos da presença missionária desta “gaucha barbaridade” na formação na animação de lideranças nas comunidades e sede Paroquial.
            No ultimo dia 19 de janeiro, Ir.Lori sentiu o carinho da comunidade por ocasião da Missa rezada em agradecimento  a Deus pelo trabalho que realizou nesta Paróquia.Muitas homenagens,palavras de carinho das pastorais e movimentos e, um momento de confraternização após a Missa, marcaram a sua despedida.
            O Jornal O Semeador conversou com Ir.Lori sobre a sua transferência  e como será sua nova missão.


1-       Como  a  senhora  resumiria estes   sete  anos  aqui  no Nordeste?
Era   um   desejo   meu   dedicar   uma   parte  do  meu  tempo  e  de  minha   vida   Consagrada   ao  povo    Nordestino;  trabalhando  em  Pastorais Paroquiais   ou  diferentes  formas.
Iniciei  a  missão   em  Pernambuco ,  no   ano de  2005 -  onde   fiquei   dois   anos   trabalhando   junto  à  famílias   pobres  que  dividiam   seu  tempo  entre  o  corte   da  cana   e  na  pós   safra  viviam  do   mangue .
Chegando   ao   Ceará   fui   logo   viver  na  Paróquia   São  Francisco,  onde   juntamente com  as  Irmãs   Paula  e  Rita   de  Cássia  fizemos   uma   forte  experiência   de   inserção   junto   ao  povo   da  Vila   COHAB.
Creio   que  posso  resumir  estes  anos  vividos   entre  o  povo  nordestino,  como  um  tempo   de  “grandes   lucros”  em  termos   de  minha  vida   cristã,  particularmente   de   minha  Consagração   Religiosa,  pois   encontrei   o   Cristo   Pobre   e   Crucificado   na   maioria   das   pessoas   com  as   quais   dividi  o  tempo.
O  povo  nordestino   se    destaca  pela   sua   forte   e   profunda   religiosidade,   expressando   sua   fé  através   de   muitas  romarias ,  orações  e  gestos   de  solidariedade.


2 Aqui  em  Itapipoca, o  que mais  marcou   seu  trabalho?
Aqui   em  Itapipoca,   fui  realmente marcada  pelo  grande   amor e  respeito  que  as  pessoas   tem   pelo  sacerdócio.   Constatei   que  o  povo  confia  e  respeita  os   sacerdotes   vendo  neles   um  outro  Cristo  a ponto  de  minimizar   seus erros ou  faltas.
Outro   elemento  palpável é  o   espírito   de   sacrifício  e  de  penitência.  O  povo é  capaz   de  fazer   longas   caminhadas  para  cumprir   uma  promessa   e  assim   fazer  reparação e  prestar   culto   a  Deus.
Um  terceiro   elemento   que  constatei  foi  o  desejo   de   aprender,  crescer   e   receber   formação.  Basta   lembrar  as  lideranças   dos  Setores;  dos  Grupos   Bíblicos,   e  da Leitura   Orante;    com  os   quais  trabalhei  mais   de perto.
Também  aproveito  para  agradecer   as  minhas   colegas   Ir.  Paula  e  Rita  de  Cássia  que  aceitaram  os   desafios   que  a   vida  “comunitária”  nos  impõe.   Foram  três   anos   de  convívio   direto  onde  acontecem  os  confrontos    inevitáveis...   Procuramos   ser   “IRMÃS”   uma   da  outra   cultivando    “PERDÃO “  quando necessário. 

3-  Que  lições  a  senhora   levará  do  povo   Cearense,  especialmente  aqui   de  Itapipoca?
Por   certo   levarei  a  lição de   um   povo   que  sabe   “driblar   a   dor,  os   sofrimentos,  a  escassez e   as   dificuldades”   dando   espaço   a  “ fé, a resistência, a felicidade  e  alegria”   dos   filhos   de  Deus   que  entendem  a mensagem  Evangélica   de  Lucas 9, 1 ss  onde   Jesus  diz:   Não levem  nada  para o   caminho;  nem  bastão,  nem  sacola,  nem   pão,  nem  dinheiro, nem  duas   túnicas...   É  a  lição   do  desprendimento   que  o  Evangelho
nos  propõe.
4- Conte-nos  um  pouco  como  será seu  novo   trabalho  no  Rio  Grande   do  Sul?

Sou   convidada  para   ficar   numa   Casa   de  Retiros,   em   Viamão-(na   grande   Porto Alegre) onde acontecem   Encontros  abertos   às  mais  diferentes   Confissões   Cristãs.
È   uma  oportunidade   de  desenvolver  o   espírito  ecumênico acolhendo   as  pessoas   nas  mais  diversas   expressões   religiosas.   Esta   “Casa de  Retiros   São  Bernardino”  é   muito  procurada   por   Grupos   de  Casais   e  de  Juventude,    pelo   espaço   amplo  das   dependências  desta  Instituição;  tanto internas,  quanto  externas.
Motivada  pela   rica   experiência  da  “Escola    da   Fé”,  que  aqui  realizei,  acredito   que   vou  em  busca   de  famílias  da  vizinhança,  para  organizar   e  dinamizar   algum   grupo   de  Leitura  Orante.


5-  Deixe-nos   uma  “mensagem”...

Com   e  como  São  Francisco   de  Assis   eu digo:  “Irmãos  (ãs)  comecemos   tudo   outra  vez  porque  até   agora   pouco   ou  nada  fizemos.   Realmente  o  Espírito  Santo   sopra onde,  quando  e   como   Ele  quer.  De   nossa   parte  basta  estarmos   abertos  e  disponíveis   às   suas  luzes   e  inspirações.
Unida  à  São  Bernardino   de  Sena que  propagou  a  devoção  e  o  amor   ao  Santo  Nome   de  Jesus;  rezemos  com  o  salmista (115, 1) “Não  a nós,  Senhor,  não  a  nós,  mas  ao  Teu  Nome  Santo  dai  glória.”
De  fato,  foi  o  Nome de  Jesus,   Sua  Pessoa,  Seu  Projeto,  que  sempre  inspiraram   minha vida  e  meu   trabalho   missionário  em  favor   do  Reino   de  Deus,  que  sempre   será  um  Reino   de   fé,  de   caridade,  de  Paz  e de  bem.
Concluindo  eu  vos  exorto   com  São   Bernardino:  O Nome   de  Jesus,  colocai-O   em   vossas   casas,  em   vossas   escolas,   em   vossas   cidades, em  vossos  muros  e  portões;  mas   acima   de  tudo   colocai-O   em   vossas   vidas   e  em  vossos corações.
(S. Bernardino  de  Sena)



   


  









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