EDITORIAL
QUARESMA: TEMPO DE REFLEXÃO E MUDANÇA
“Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc, 1, 15)
“Tempo da Quaresma – sempre é único e especial esse momento da liturgia. Necessitamos de um espaço para olhar a nossa vida e buscar acolher a graça de Deus que nos convida a sermos novos. A oração, penitência, jejum, esmola, lectio divina, confissão sacramental, reflexões, confissões fazem parte desse tempo, juntamente com uma sobriedade na liturgia (sem o hino do Glória, a aclamação do Aleluia, as flores e sem solenizar demais as celebrações), procurando concentrar naquilo que é essencial em nossas vidas.Todos nós necessitamos de um tempo de reflexão e mudança. Durante o ano tantas situações vão se sucedendo e colocando-nos muitas vezes fora do caminho do Senhor. Os 40 dias que tornam presentes os dias de Jesus no deserto, e também os anos do povo de Deus na caminhada do Êxodo, saindo das escravidões para a vida nova, passando pelo Mar Vermelho e celebrando a aliança com Deus, nos recordam que é tempo de renovar nossa vida batismal e nossa aliança com o Senhor. Para isso há este tempo de contrição que deve conduzir-nos a uma nova vida.
Ao recebermos a imposição das cinzas, no início da quaresma, somos convidados a viver o Evangelho, viver da Boa Nova.
A Boa Nova que recebemos é Jesus Cristo. Ele abriu um novo horizonte para todas as pessoas que nele creem.
Crer no Evangelho é crer em Jesus Cristo que na doação amorosa da cruz deu-nos vida nova e concedeu-nos a graça de sermos filhos do Pai. Com sua morte transformou todas as realidades, criando um novo céu e uma nova terra.
A quaresma é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado. Caminho, porque processo existencial, mudança de vida, transformação da pessoa que recebeu a graça de ser discípulo-missionário. A oração, o jejum e a esmola indicam o processo de abertura necessária para sermos tocados pela grandeza da vida nova que nasce da cruz e da ressurreição.
Assim, atingidos por Ele e transformados n’Ele, percebemos que todas as realidades devem ser transformadas, para que todas as pessoas possam ter a vida plena do Reino.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Campanha da Fraternidade, desde o ano de 1964, como itinerário evangelizador para viver intensamente o tempo da quaresma.
A Igreja propõe como tema da Campanha deste ano: “A fraternidade e a Saúde Pública”, e com o lema: Que a saúde se difunda sobre a terra (cf. Eclo 38,8). Deseja assim, sensibilizar a todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e dignidade. É uma realidade que clama por ações transformadoras. A conversão pede que as estruturas de morte sejam transformadas.
A Igreja, nessa quaresma, à luz da Palavra de Deus, deseja iluminar a dura realidade da Saúde Pública e levar os discípulos-missionários a serem consolo na doença, na dor, no sofrimento e na morte. E, ao mesmo tempo, exigir que os pobres tenham um atendimento digno em relação à saúde. Que ela se difunda sobre a terra, pois a salvação já nos foi alcançada pelo Crucificado.
À nossas Comunidades, grupos e famílias, uma abençoada caminhada quaresmal e celebremos a Jesus Cristo que fez novas todas as coisas.
Pe.José Maria da Cunha,Pároco
PEDAÇOS DE NOSSA HISTÓRIA
1996: 10 ANOS DA PRESENEÇA ORIONITA
No dia 04 de janeiro de 1996, Pe.José Vicente deixa definitivamente a Paróquia e segue para Ananideua-PA.Agora a responsabilidade é do Pe.Luiz Eustáquio Nogueira Reis. O Pe.Sérgio Santos é o diretor da comunidade e o CL.Ronaldo Cardoso de Oliveira faz o primeiro ano de tirocínio.Em depoimento sobre sua atividade em Itapipoca, Pe.José Vicente fez questão de registrar : “Para mim, foi uma experiência nova enfrentando alguns desafios, contudo aprendi a conviver em realidades diferentes, cresci na minha vida espiritual, religiosa e sacerdotal.se algo de bom aconteceu seja para a glória de Deus e se alguma coisa não foi melhor, a causam foram as minhas limitações, porém nunca me faltou coragem de lutar, de vencer com ajuda de Deus e nosso fundador, Dom Luiz Orione.”
Os noviços José Augusto Agostinho e Antonio Everardo Viana Farias fazem os primeiros votos em Brasília, no dia 12 de janeiro.
O Seminário conta com 5 seminaristas.
NOTICIAS
PRIMEIRA PROFISSÃO E ENTRADA DOS NOVIÇOS NA PROVÍNCIA NORTE
No dia 12 de janeiro de 2012, na Sede Provincial em Brasília, três noviços emitiram a primeira profissão religiosa na Pequena Obra da Divina Providência. Receberam os primeiros votos os neo-religiosos Anderson( realizou o postulantado em Itapipoca no ano de 2010), Carlos e Paulo. A solene celebração foi presidida pelo provincial, Pe. Tarcisio Vieira e concelebrada por vários sacerdotes.
Na liturgia da tarde deram inicio ao noviciado os postulantes André e Paulo (Belo Horizonte), Cleiton e Weliton (Rio Bananal) e Ivaldo (Ananindeua). A entrada dos postulantes aconteceu nas vésperas solenes, presidida pelo Provincial e com a presença de alguns religiosos. O provincial e o Mestre de noviços acolheram a todos com muito carinho e disposição.
Fonte:WWW.orionitas.com.br
LEIGAS CONSAGRADAS ORIONITAS SE REÚNEM EM BELO HORIZONTE
Aconteceu em Belo Horizonte- MG, o encontro regional do Instituto Secular Orionita- ISO. Foram momentos marcantes que fizeram as participantes experimentarem o sentido de ser família secular no carisma de Dom Orione. Esse encontro se desenvolveu nos dias 19 a 22 de janeiro e participaram 25 consagradas dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pará, São Paulo e a responsável geral Anna Rita (Itália).
A abertura do encontro foi com a Santa Missa, na quinta- feira, presidida pelo Pe. Geraldo Dias. No dia seguinte, Ir. Darli (Serva Reparadora) deu seu testemunho de vida consagrada e trabalhou esse tema por toda a manhã. Na parte da tarde, Pe. Tarcísio entrou no tema da consagração de Dom Orione e colocou as irmãs seculares em um clima de oração e silêncio. Como esse dia foi dedicado à penitência, elas fizeram a Via Sacra orionita e rezaram pelas vocações.
No sábado, Pe. Tadeu fez sua palestra e falou sobre a oração. Na parte da Tarde as consagradas se encontraram com a responsável geral e regional para um momento de exortação. Nesse dia, elas participaram da Eucaristia na Matriz, N. Sra. Da Divina Providência, com o povo de Deus ali presente. À noite tiveram a noite cultural que foi um momento de descontração, lazer e bem estar.
No domingo, no Lar dos Meninos Dom Orione, Pe. Magno refletiu sobre a figura de Maria na vida dos consagrados e consagradas de Deus. Após o almoço foi presidida pela Padre Provincial a Missa de encerramento e a renovação dos votos de 6 consagradas, que por mais 1 ano dedicarão sua vida ao Salvador sem medidas.
Fonte: WWW.orionitas.com.br
QUE A SÁUDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA
Desde 1964, cada ano, durante a Quaresma, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil apresenta a Campanha da Fraternidade. Durante esses 48 anos podemos dividir as CFs em três fases. Na primeira fase (1964 – 1972) houve uma busca da renovação interna da Igreja. Na segunda fase (1973 – 1984) a Igreja Católica preocupou-se com a realidade social do povo, denunciando o pecado social e promovendo a justiça. Na terceira fase (1985 – 2012) a Igreja voltou-se para situações existenciais do povo brasileiro. Normalmente não sabemos os nomes dos autores das Campanhas da Fraternidade, mas devido a importância do tema para 2012 o Texto-base apresenta os onze nomes dos componentes do Grupo de Trabalho que elaborou a CF de 2012. Cada Campanha da Fraternidade tem um Tema e um Lema. A Campanha para o ano 2012 tem como Tema: “A Fraternidade e a Saúde Pública” e como Lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (cf. Eclo 38,8)
O Objetivo Geral da Campanha da Fraternidade de 2012 é: “Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção dos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de saúde” (p. 12 do Texto-Base). Além do objetivo geral a Campanha da Fraternidade para 2012 apresenta seis objetivos específicos. Estes são: “a) Disseminar o conceito de bem vier e sensibilizar para a prática de hábitos de vida saudável; b) Sensibilizar as pessoas para o serviço aos enfermos, o suprimento de suas necessidades e a integração na comunidade; c) Alertar para a importância da organização da pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde não existe, fortalecer onde está incipiente e dinamizá-la onde ela já existe; d) Difundir dados sobre a realidade da saúde no Brasil e seus desafios, como sua estreita relação com os aspectos sócio-culturais de nossa sociedade; e) despertar nas comunidades a discussão sobre a realidade da saúde pública, visando à defesa do SUS e a reivindicação do seu justo financiamento; e f) Qualificar a comunidade para acompanhar as ações da gestão pública e exigir a aplicação dos recursos públicos com transparência, especialmente na saúde” (cf. p. 12 do Texto-Base da CF).
O texto base é dividido em três partes e uma conclusão olhando para o futuro. A primeira parte é titulada “Fraternidade e a Saúde Pública” e oferece um panorama atual da Saúde no Brasil. A primeira parte do Texto-Base afirma que os temas da saúde e da doença exigem uma abordagem ampla e sugere a proposta apresentada pelo “Guia para a Pastoral da Saúde”, elaborada pela Conferência Episcopal Latino-Americano (CELAM). O GPS depois de dizer que a saúde é afirmação da vida e um direito fundamental que os Estados são obrigados a garantir, o referido documento define saúde assim: “Saúde é um processo harmonioso de bem-estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre” (cf. p.15 do Texto-Base e Guia para a Pastoral da Saúde na América Latina e no Caribe, CELAM, Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2010, ns 6-7). A primeira parte do Texto-Base também nos brinde com algumas tabelas e quadros interessantes mostrando: o melhoramento da taxa de mortalidade infantil nos últimos anos, o crescimento da população idosa, percentual de partos cesáreos, dados sobre obesidade, hipertensão arterial que atinge 44.7 milhões de pessoas, estimativas para várias formas de câncer e a evolução da freqüência de consumo abusivo de bebida alcoólico etc. (cf. Texto-Base: ps. 21, 23, 24, 31, 33, 35 e 43).
A segunda parte é titulada “Que a Saúde se Difunda Sobre a Terra”. Aborda doença no Antigo e Novo Testamento. Aborda Jesus curando os doentes. Diz o Evangelho: “Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando a Boa Nova do Reino e curando toda espécie de doença e enfermidade do povo” (cf. Mt 4, 23). O Texto apresenta a parábola do bom samaritano como paradigma de cuidado. Trata também do “ horizonte humano e teológico do sofrimento” e os enfermos no seio da Igreja. Há também uma referência a Unção dos Enfermos, o sacramento da cura.
A terceira parte ofereça “Indicações para a Ação Transformadora no Mundo da Saúde”. Analisa a atual Pastoral da Saúde da Igreja e o papel dos agentes da mesma. Uma área importante encontrada na terceira parte do texto aborda a dignidade de viver e morrer. Trata com clareza de problemas como: eutanásia, distanásia e ortotanásia. Cite o Código de Ética Médica de 17 de setembro de 2009 e o pronunciamento do Santo Padre Bento XVl sobre estes assuntos. Além das propostas de ação da Igreja Católica na área de saúde, esta parte ofereça também “Propostas Gerais para SUS”.
A Conclusão mostra como, ao longo dos últimos anos, houve mudança no conceito de saúde: de ‘caridade’ para ‘direito’, e lamenta que esse direito está sendo “transformado em negócio” num mercado sem coração. Afirma também que no âmbito da saúde, faz-se necessário aprofundar e colocar em prática a chamada “bioética dos 4 Ps”: Promoção da saúde, Prevenção de doenças; Proteção das vulneráveis presas fáceis de manipulação e Precaução frente ao desenvolvimento biotecnológico. O texto base termina com três anexos importantes: (i) A relevante trecho da Constituição Federal: a saúde como direito de todos e dever do Estado; (ii) O Serviço de preparação e animação da Campanha da Fraternidade; e (iii) O Gesto Concreto de fraternidade, partilha e solidariedade feito em âmbito nacional. O Texto-Base termina com uma rica bibliografia.
PAPA CONVIDA TODOS OS CATÓLICOS PARA O ANO DA FÉ
No dia 11 de outubro de 2011, o Papa Bento XVI, preocupado com a identidade de nossa fé, brindou-nos com uma Carta Apostólica, em forma de Motu Próprio, chamada de “Porta Fidei”, que significa “A Porta da Fé”. Com isto, o Santo Padre está anunciando, em todo o mundo, o “Ano da Fé”.
A data, por ele indicada, começa em 11 de outubro de 2012 e termina em 24 de novembro de 2013. O início coincide com a abertura do Concílio Vaticano II, cinquenta anos passados. A de encerramento comemora os vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, promulgado pelo Papa e Beato João Paulo II.
A fonte de nossa fé é Jesus Cristo e sua Palavra. A Bíblia perpassa todo o itinerário de fé dos cristãos. Mas na caminhada, somos fortalecidos e orientados pelos documentos de autoridade da Igreja. Entre eles podemos destacar a riqueza contida no Concílio Vaticano II e no Catecismo da Igreja Católica.
Com a Carta Apostólica Porta Fidei, a Igreja toda é convocada para uma retomada de caminho. O anúncio da Palavra deve abrir os corações das pessoas para a ação da graça de Deus e a presença transformadora da Trindade Santa, recebida no dia do batismo e revigorada através do outros sacramentos.
O papa retoma o tema da alegria acontecida no encontro pessoal com Jesus Cristo. Na prática, esse encontro supõe um redescobrir o caminho da fé para renovar o entusiasmo e compromisso com as exigências do Evangelho. Entendemos que o mundo vem sendo envolvido por uma profunda crise de fé.
Não podemos confundir a fé em si mesma, que tem como fundamento a Palavra inspirada e a salvação contida na Ressurreição de Cristo, com as consequências e práticas dela mesma. A fé em si é balizada e firmada na ação concreta da sadia doutrina da Igreja.
É importante lançar mão dos ensinamentos contidos nos dezesseis documentos do Concílio Vaticano II e no Catecismo da Igreja Católica. Mas ter cuidado com o apego exagerado na letra e ao seu espírito. A fé vai além de tudo isto, focada na vida mesma de Cristo.
Jesus é o poço de onde emana, com muita profundidade, a água da vida (Jo 4, 14). Não existe verdadeira fé sem uma identificação e paixão por Ele. Crer em Cristo é o caminho da salvação. Ele é o alimento que perdura e dá a vida eterna (Jo 6, 28).
O Ano da Fé será convocação para uma evangelização de forma nova, tendo um olhar direcionador, como uma bússola, focado no ensinamento oficial da Igreja. Para isto, o papa dá destaque aos documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica como um valor em si mesmos.
A fé é um dom, mas também tem que ser procurada e seguida (II Tm 2, 22). Com ela conseguimos perceber e ver as maravilhas que Deus realiza em nós. Assim podemos ser sinais vivos da presença de Cristo no mundo. Em tudo isto está a motivação para a celebração do Ano da Fé.
Fonte: CNBB
ABERTO O CONCURSO PARA ESCOLHA DO CARTAZ DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2013
A Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, juntamente com a Secretaria Executiva da Campanha da Fraternidade está lançando o Concurso Nacional para o Cartaz da Campanha da Fraternidade de 2013, que terá como tema “Fraternidade e Juventude”, e lema: “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).
Segundo o secretário executivo para a Campanha para a Fraternidade da CNBB, padre Luiz Carlos Dias, e a assessora da Comissão para a Comunicação, irmã Élide Maria Fogolari, a Campanha tem como objetivo refletir a realidade das juventudes no contexto atual “marcado pela tecnologia e a cultura midiática”, mas também por “desigualdades e situações de violência, para compreender seu impacto na vida dos jovens à luz do evangelho, acolhendo-os como sujeitos e, com eles, construir relações e estruturas que promovam a Vida”.
No cartaz deverá conter, além da figura criada, os seguintes textos: “Campanha da Fraternidade 2013”; “Fraternidade e Juventude” e “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8).
O material deverá ser enviando para a Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social, na sede da CNBB, em Brasília (SE/SUL, Quadra 801, Conjunto B / CEP 70200-014), até o dia 10/05/2012. Um júri irá escolher o melhor cartaz que será distribuído para todo o país.
Fonte:CNBB
ESPAÇO DO DIZIMO
NOS PASSOS DE FRANCISCO
750º ANIVERSÁRIO DA MORTE DE SANTA CLARA
Conhecendo Clara de AssisA Podemos dizer que sem Clara a experiência de Francisco é incompleta; ela é um testemunho excepcional da herança do ideal evangélico que nasce em Assis e incendeia o mundo há 800 anos. Ela é a versão feminina do ideal franciscano.
Clara e Francisco são arquétipos humanos e protótipos da encarnação do evangelho; uma rigorosa mudança pessoal, uma cordial vivência fraterna, uma conversão de ternura e cuidado, um verdadeiro encontro entre espírito e afeto.
Em Clara, Francisco encontra o seu coração de mãe; em Francisco, Clara encontra o seu coração de irmã.
O conhecimento do espírito e dos projetos do Movimento de Assis permaneceria incompleto sem Clara, ela que seguiu de perto a nova vida e as práticas do início da nossa forma de viver. "Clara assimilou profundamente o espírito de Francisco, conservando em si o estado mais puro deste espírito. O seu testemunho é digno da mais alta consideração" (K. Esser).
Até os inícios do século XX pode-se dizer que a vida de Clara era conhecida somente através de biografias cheias de devoção, baseadas sobre a sua Legenda, ora atribuída a São Boaventura ora a Tomás de Celano. Mas vamos elencar alguns momentos que alavancaram o conhecimento da nossa Mãe fundadora.
ENTREVISTA
Após sete anos vivendo e atuando como missionária aqui no Nordeste,dos quais, dois anos em Pernambuco e cinco no Ceará,Irmã Lori se despede do Semiárido nordestino para retornar a sua terra natal, o Rio Grande do Sul.
A Paróquia São Francisco teve a felicidade de contar por três anos da presença missionária desta “gaucha barbaridade” na formação na animação de lideranças nas comunidades e sede Paroquial.
No ultimo dia 19 de janeiro, Ir.Lori sentiu o carinho da comunidade por ocasião da Missa rezada em agradecimento a Deus pelo trabalho que realizou nesta Paróquia.Muitas homenagens,palavras de carinho das pastorais e movimentos e, um momento de confraternização após a Missa, marcaram a sua despedida.
O Jornal O Semeador conversou com Ir.Lori sobre a sua transferência e como será sua nova missão.
1- Como a senhora resumiria estes sete anos aqui no Nordeste?
Era um desejo meu dedicar uma parte do meu tempo e de minha vida Consagrada ao povo Nordestino; trabalhando em Pastorais Paroquiais ou diferentes formas.
Iniciei a missão em Pernambuco , no ano de 2005 - onde fiquei dois anos trabalhando junto à famílias pobres que dividiam seu tempo entre o corte da cana e na pós safra viviam do mangue .
Chegando ao Ceará fui logo viver na Paróquia São Francisco, onde juntamente com as Irmãs Paula e Rita de Cássia fizemos uma forte experiência de inserção junto ao povo da Vila COHAB.
Creio que posso resumir estes anos vividos entre o povo nordestino, como um tempo de “grandes lucros” em termos de minha vida cristã, particularmente de minha Consagração Religiosa, pois encontrei o Cristo Pobre e Crucificado na maioria das pessoas com as quais dividi o tempo.
O povo nordestino se destaca pela sua forte e profunda religiosidade, expressando sua fé através de muitas romarias , orações e gestos de solidariedade.
2 Aqui em Itapipoca, o que mais marcou seu trabalho?
Aqui em Itapipoca, fui realmente marcada pelo grande amor e respeito que as pessoas tem pelo sacerdócio. Constatei que o povo confia e respeita os sacerdotes vendo neles um outro Cristo a ponto de minimizar seus erros ou faltas.
Outro elemento palpável é o espírito de sacrifício e de penitência. O povo é capaz de fazer longas caminhadas para cumprir uma promessa e assim fazer reparação e prestar culto a Deus.
Um terceiro elemento que constatei foi o desejo de aprender, crescer e receber formação. Basta lembrar as lideranças dos Setores; dos Grupos Bíblicos, e da Leitura Orante; com os quais trabalhei mais de perto.
Também aproveito para agradecer as minhas colegas Ir. Paula e Rita de Cássia que aceitaram os desafios que a vida “comunitária” nos impõe. Foram três anos de convívio direto onde acontecem os confrontos inevitáveis... Procuramos ser “IRMÃS” uma da outra cultivando “PERDÃO “ quando necessário.
3- Que lições a senhora levará do povo Cearense, especialmente aqui de Itapipoca?
Por certo levarei a lição de um povo que sabe “driblar a dor, os sofrimentos, a escassez e as dificuldades” dando espaço a “ fé, a resistência, a felicidade e alegria” dos filhos de Deus que entendem a mensagem Evangélica de Lucas 9, 1 ss onde Jesus diz: Não levem nada para o caminho; nem bastão, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas... É a lição do desprendimento que o Evangelho
nos propõe.
4- Conte-nos um pouco como será seu novo trabalho no Rio Grande do Sul?
Sou convidada para ficar numa Casa de Retiros, em Viamão-(na grande Porto Alegre) onde acontecem Encontros abertos às mais diferentes Confissões Cristãs.
È uma oportunidade de desenvolver o espírito ecumênico acolhendo as pessoas nas mais diversas expressões religiosas. Esta “Casa de Retiros São Bernardino” é muito procurada por Grupos de Casais e de Juventude, pelo espaço amplo das dependências desta Instituição; tanto internas, quanto externas.
Motivada pela rica experiência da “Escola da Fé”, que aqui realizei, acredito que vou em busca de famílias da vizinhança, para organizar e dinamizar algum grupo de Leitura Orante.
5- Deixe-nos uma “mensagem”...
Com e como São Francisco de Assis eu digo: “Irmãos (ãs) comecemos tudo outra vez porque até agora pouco ou nada fizemos. Realmente o Espírito Santo sopra onde, quando e como Ele quer. De nossa parte basta estarmos abertos e disponíveis às suas luzes e inspirações.
Unida à São Bernardino de Sena que propagou a devoção e o amor ao Santo Nome de Jesus; rezemos com o salmista (115, 1) “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Teu Nome Santo dai glória.”
De fato, foi o Nome de Jesus, Sua Pessoa, Seu Projeto, que sempre inspiraram minha vida e meu trabalho missionário em favor do Reino de Deus, que sempre será um Reino de fé, de caridade, de Paz e de bem.
Concluindo eu vos exorto com São Bernardino: O Nome de Jesus, colocai-O em vossas casas, em vossas escolas, em vossas cidades, em vossos muros e portões; mas acima de tudo colocai-O em vossas vidas e em vossos corações.
(S. Bernardino de Sena)
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